São Tomé e Principe já tem delegados no Conselho Consultivo da Geração Espacial

23 de July de 2021

Foto: Edlena Barros

Em 2020, a equipa do PNUD CO São Tomé e Príncipe para o ambiente e o clima, engajou-se com o Space Generation Advisory Council (SGAC), uma rede global de jovens profissionais que trabalham em tecnologia e inovação, desenvolvimento e gestão de dados.

Conselho Consultivo de Geração Espacial em apoio é uma organização não governamental e rede profissional que "tem como objetivo trazer as opiniões de estudantes e jovens profissionais do espaço para o Nações Unidas (UN), indústria espacial e outras organizações ". Enquanto o termo" Geração do Espaço "define a geração nascida após 4 de outubro de 1957, o lançamento do Sputnik, a rede é voltada para universitários e jovens profissionais do setor espacial, com idade aproximada de 18-35.

Não há praticamente limites para soluções criativas inovadoras para apoiar infra-estruturas e planeamento urbano, utilização de recursos naturais, gestão de florestas e oceanos, monitorização ambiental, redução do risco de desastres e a acção climática.

Nos Pequenas Estados Insulares (PEI) como, São Tomé e Príncipe , devido ao isolamento e o acesso difícil ao terreno e as lacunas na gestão de dados, as tecnologias EO e espaciais são úteis e representam ferramentas úteis e eficazes. O conhecimento e pessoas altamente qualificadas estão no centro da tecnologia espacial, é por isso que o  PNUD acredita e promove a aprendizagem mútua,  o intercâmbio, a transferência de conhecimento e o pensamento fora-da-caixa.

De facto, o UNDP CO STP foi convidado a participar de  um painel durante o 4º Workshop Africano de Geração Espacial realizado a 25 de Fevereiro de 2021 e fez uma apresentação sobre a utilização e necessidade de dados do EO para alcançar os ODS, trazendo a perspetiva do desenvolvimento.

A nossa equipa encorajou e facilitou a participação de 2 jovens profissionais no seminário de dois dias. Esta experiência positiva levou à candidatura bem-sucedida destes dois jovens e apaixonados profissionais ao Conselho como delegados nacionais em representação de STP nesta fase global. Felicitamos Maria Fátima Ramos e Adilson Teixeira por esta realização e oportunidade que dará exposição a novos conhecimentos, expandindo a sua rede e competências profissionais e permitir-lhes-á partilhar experiências sobre São Tomé e Príncipe. Parabéns!

Maria dos Ramos

Maria Fátima Martins Fernandes dos Ramos, 26 anos, é agente profissional de Proteção civil e Bombeiros em STP desde de 2016. Já foi da Cruz Vermelha da Juventude. Trabalhou como membro do concelho nacional de prevenção de risco de catástrofes onde passou por várias formações ligadas ao sector.

"África é o continente mais afetado pelas mudanças climáticas e São Tomé e Príncipe sendo um país africano não foge a regra. Ao longo dos anos tem-se registado vários efeitos das mudanças climáticas nas nossas ilhas como a secas prolongadas, aumento da temperatura, inundações, desabamento de terra entre outros.

Como delegada de STP no NPoC acredito que nós seres humanos podemos intervir de forma positiva para travar ou dar resposta às mudanças climáticas com a mesma intensidade com que contribuímos para as tais alterações climáticas. Agindo local para mitigar ameaça global.

Precisamos agir localmente para mitigar o impacto global da crise climática".

Adilson Teixeira

Adilson José da Costa d´Alva Teixeira, 26 anos, é licenciado em Engenharia Informática, trabalha como Engenheiro Informático no Instituto Nacional de Meteorologia e foi nomeado como delegado de STP para Space Generation Advisory Council (SGAC) em Maio de 2021.

"Tomei conhecimento da organização através de um orador da conferência do SGAC da África e desde lá fiquei muito interessado em fazer parte desta plataforma. Candidatei-me para o cargo de NPoC (delegado) da SGAC com o objetivo de partilhar a minha experiência profissional e estar em intercâmbio com outros jovens profissionais, e em divulgar a indústria espacial em STP como além fronteira.

Neste cargo pretendo dar o meu contributo nas áreas ligadas as mudanças climáticas e como as tecnologias aeroespaciais podem ajudar a mitigar os seus efeitos, fazendo a monitorização remota e prevenção da desflorestação.

Os jovens devem contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta.”