A comunicação em tempos de Pandemia

7 de April de 2021

Foto: Edlena Barros

Lurdes Soares começa mais um dia de trabalho no Centro Nacional de Educação para Saúde (CNES) em São Tomé e Príncipe. Atualmente trabalha com a equipa do CNES na preparação de um grande evento virtual, cuja organização está a ser apoiada pelo CNES. Esta é uma das actividades que a especialista em comunicação de risco está envolvida como Voluntária Internacional das Nações Unidas contratada pelo PNUD a pedido do Governo São-tomense.

Lurdes é parte de um grupo de seis especialistas Voluntários das Nações Unidas contratados pelo PNUD, com o apoio da Agência Francesa de Desenvolvimento, para apoiar São Tomé e Príncipe no combate à pandemia da COVID-19.

Chegou ao país em fevereiro e esteve até agora envolvida na campanha nacional de vacinação contra a COVID-19. “Cheguei e mergulhei rapidamente em vários dias muito intensos de trabalho o que foi bom para mim, pois queria trabalhar de forma mais activa no combate à pandemia. Tínhamos metas a serem alcançadas, era preciso que as pessoas entendessem e fossem vacinar, e o nosso trabalho foi de apoiar para que a mensagem chegasse a todos”, disse Lurdes.

A comunicação, segundo Lurdes, é uma das componentes muito importantes no combate à pandemia da COVID-19 em São Tomé e Príncipe e no resto do mundo, e felizmente é cada vez mais visível o reconhecimento deste trabalho. “Há muita informação, mas também há muita desinformação, há muitos rumores, e para que, no caso da vacinação os objectivos fossem alcançados, as pessoas teriam que aparecer, mas se as pessoas estão mal informadas e têm receios e tendem mais a acreditar em rumores, elas não vão aparecer, vão resistir e é preciso fazer esse trabalho e passar uma mensagem correcta, que as pessoas entendam, confiem e que as façam adotar um comportamento de forma a fazerem as melhores escolhas para a saúde delas”, afirmou ela.

Amâncio Neto é o coordenador do CNES e o supervisor directo do trabalho feito diariamente pela Lurdes e vê com bons olhos a vinda e o trabalho feito por ela. “Ela tem sido um apoio muito grande para o CNES na elaboração dos produtos de comunicação que precisamos, na coordenação dos trabalhos, na definição das mensagens e dos meios para a sua comunicação. Por mim ela ficaria aqui por muito mais tempo”, afirmou ele.

Segundo Amâncio Neto ela tem a capacidade de ouvir e apoiar e também exprimir a sua opinião quando necessário.

Além das actividades referentes à COVID-19, Lurdes também tem apoiado o CNES na comunicação da campanha nacional de luta contra o paludismo no escritório, através da atualização e revisão dos materiais de comunicação existentes (cartazes, mensagens, spots), e no terreno acompanhando as equipas de sensibilização, para dar uma imagem mais actual.

A integração com os colegas tem acontecido aos poucos, mas afirma que veio com “espírito aberto para conhecer, aprender e partilhar a sua experiência com todos”. À semelhança dos outros voluntários, Lurdes também irá ficar no país por um período de seis meses.