Posted on 8 de Junho de 2020
Composto Orgânico por uma agricultura mais sustentável

Conheçam Edgar Coelho um jovem empreendedor de Água Grande que possui um projecto de produção de composto orgânico. O seu projecto foi um dos 15 vencedores da subvenção no âmbito do projecto “Empreendedorismo Social” financiado pelo PNUD e implementado em parceria com o Ministério da Juventude, Desporto e as Câmaras Distritais de Água Grande e Mé-zochi.
Hoje o mundo celebra o dia mundial do Ambiente. As Nações Unidas chamam a atenção de todos de que é a #HoraDaNautreza e que devemos todos estar juntos #PELANATUREZA.
Edgar mesmo antes da escolha do lema para este ano, já sabia o quão importante seria pensar numa agricultura mais sustentável nos dias de hoje. “O meu objetivo é contribuir para uma agricultura sustentável e amigo do ambiente, uma agricultura que consiga reaproveitar o que já existe e fortalecer a terra para uma maior produção”, disse ele.
Após o período de formação proporcionada pelo projecto Edgar está hoje melhor preparado para gerir o seu próprio negócio. Continua a ter o seguimento do PNUD e a ajuda de um mentor que é também outro agricultor e conhecedor do trabalho que faz. “Era uma área que gostava, mas que não conhecia muito e toda a assistência que tive e continuo a ter enriqueceu-me bastante”, afirmou ele.
Actualmente já tem o armazém de produção pronto, usou bambu na sua construção por ser uma matéria acessível, durável e ao mesmo tempo amigo do ambiente. Todos os materiais necessários para a produção como máquina trituradora, enxadas, pás, picaretas e vários materiais de transformação (casca de cacau, de banana, de búzios, etc) também já foram adquiridos. “Já conto atualmente com mais de seis pilhas de composto orgânico já montados para produção”, acrescentou Edgar.
Com estas seis pilhas ele conseguirá cumprir o mínimo de produção estabelecido no seu plano de negócio, uma média de 40 sacos de 30 kg de composto por mês, e fazer face as despesas de produção. No entanto face ao atual contexto com a COVID-19, o seu receio é conseguir vender tudo o que produzir. “tenho-me questionado muito se conseguirei vender tudo, no entanto não deixo de trabalhar por causa disso”, afirmou ele.
Um dos outros desafios com que se depara prende-se com o transporte para compra dos materiais necessários e para a vender do produto. “Tenho tido mais custos que esperava neste domínio e ainda estou a estudar como resolver”, disse ele.
Além de empreendedor, Edgar Coelho é também 2º Subchefe da Segurança do Estado, formado no curso Profissional de Administração Pública e aluno do 3º ano de Licenciatura em Turismo na Universidade de São Tomé e Príncipe.